terça-feira, 16 de março de 2010

No Japão, Ameba Now desafia Twitter

O Twitter tem um rival no Japão: um imitador chamado Ameba Now atingiu 1 milhão de usuários em três meses, desde seu lançamento, ao convencer mais de 2 mil celebridades japonesas a enviar "tweets" por meio de seu serviço.

Embora o Twitter seja popular no Japão, onde conta com 4,7 milhões de visitantes, de acordo com o instituto de pesquisa Nielsen NetRatings, o lançamento do Ameba Now representa um dos primeiros sinais da vulnerabilidade do site de microblogging à competição.

Muitas companhias novatas de internet se esforçam para criar versões locais de seus sites, da maneira mais rápida e eficiente possível, com o objetivo evitar falsificações em outros idiomas. O Twitter lançou seu serviço japonês em 2008, mas isso não impediu o Ameba Now de adaptar a ideia ao gosto local, ao ser lançado em dezembro.

"No Twitter seu nome de usuário tem de seguir o alfabeto romano, enquanto no Ameba você pode ter um apelido em caracteres japoneses", diz Eiko Nagayama, a criadora de 24 anos de idade do Ameba Now.

O sistema é desenhado para telefones celulares, o meio mais comum de usar as redes sociais no Japão, e admite o uso de ícones "smiley" - a combinação de caracteres que representam rostos sorridentes -, algo que falta no Twitter. O Ameba Now segue o limite de 140 caracteres por mensagem do Twitter, os chamados "tweets", para que os usuários possam publicar a mesma mensagem nos dois sites.

A arma secreta do Ameba, porém, são as celebridades. A Cyber Agent, que controla o site, tem um esquadrão de 10 pessoas que percorre as agências de talentos e os estúdios de TV de Tóquio para persuadir estrelas a usar o serviço. Os negócios centrais da Cyber Agent são a publicidade na web e os serviços on-line de câmbio. O Ameba é uma tentativa de ganhar impulso na mídia social.

A celebridade mais "seguida" é Mao, vocalista da Sid, uma banda de "J-Rock", ou rock japonês. As estrelas deram ao Ameba Now uma cultura diferente do Twitter. Em vez de enviar suas próprias mensagens, "eu acho que muita gente se conecta porque quer responder ou comentar as mensagens das celebridades", diz Eiko Nagayama. Cerca de 70% dos usuários do site são mulheres, uma diferença em relação ao Twitter, cujos usuários japoneses são, na maioria, homens.

A passividade dos usuários é um problema potencial para o Ameba. Segundo a Nielsen, os usuários ficaram sete minutos no site em janeiro, frente aos mais de 25 minutos dos usuários do Twitter. Como seu concorrente mais famoso, porém, o Ameba Now não sabe ao certo como ganhar dinheiro com sua popularidade, embora um modelo baseado na publicidade seja provável. "Por enquanto queremos aumentar o número de usuários o máximo que pudermos e, então, pensar em como fazê-lo funcionar como negócio", diz Eiko.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 11 de março de 2010

Transformar o PDV em ponto de relacionamento

O mix cada vez mais extenso e variado oferecido por praticamente todos os tipos de varejo transpôs o foco do produto para o consumidor.

Hoje, as lojas não podem ser somente PDV’s, elas devem ser encaradas como pontos de relacionamento, em que a preferência do cliente por preços mais baixos dá espaço à valorização de elementos como atendimento, conforto, qualidade e conveniência.

Os PDV, muito mais do que pontos de contato, devem ser ferramentas para fidelizar e reter consumidores. Pão de Açúcar, Fnac, Havaianas e Shopping Cidade Jardim são algumas marcas que conseguiram transformar seus espaços físicos em verdadeiros canais de relacionamento. Estes canais de relacionamento não podem abrir mão de elementos tradicionais como preço, promoção, localização estratégica e sortimento de produtos adequado. No entanto, é necessário somar outros valores como serviços para os clientes, ter produtos e atendimento de qualidade e ser uma marca multicanal, que possibilite que o consumidor encontre o item desejado onde for mais conveniente, seja um canal virtual ou físico.

Assim como cada categoria e cada produto exigem um tratamento diferenciado no PDV, o perfil do público-alvo também dita quais são os elementos que devem estar presentes. “No conceito de PDV há uma lógica muito racional, enquanto no conceito de relacionamento há emoção. Precisamos privilegiar esta emoção dentro da loja e transformar a experiência de compra em algo melhorado. O consumidor quer que a loja seja preparada para atendê-lo de acordo com o seu perfil de consumo”, ensina Pastore, da ESPM.

Fonte: PDV News

terça-feira, 2 de março de 2010

Mobile Marketing pode faturar R$ 3 milhões em 2010

A necessidade por uma nova tecnologia passa a existir a partir do momento em que a ferramenta resolve um problema cotidiano. O mobile marketing, interação entre consumidores e marcas pelo celular, ainda está começando no Brasil e, por enquanto, se limita a campanhas publicitárias. Ele corresponde a cerca de 20% dos serviços de valor agregado, que renderam às operadoras de celular cerca de R$ 10 bilhões em 2009.

De acordo com a Mobile Marketing Association no Brasil, as companhias de celular devem faturar, em média, R$ 3 milhões com mobile marketing em 2010, 10% a mais que no ano passado. As operadoras devem investir em torno de 15% do orçamento nesta tecnologia este ano.

Esse tipo de serviço é o que permite, por exemplo, comprar passagem de ônibus pelo celular e confirmar o pagamento mostrando um torpedo SMS, realidade cotidiana na Bélgica. Usuários compram bilhetes 28% mais baratos. Uma semana depois de lançar a ferramenta, a empresa de ônibus De Lijn já havia vendido 10.000 passagens eletrônicas, com média de 1.300 bilhetes SMS por dia.

“O serviço tem um enorme potencial de crescimento no país, que é o quinto maior mercado de telefonia no mundo”, disse o presidente da Mobile Marketing Association, Federico Pisani. São mais de 122 milhões de contas de celular no País, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Pisani acredita que a grande promessa do ano é o crescimento de campanhas publicitárias a partir da troca de SMS. É esperado aumento das promoções que pedem o envio de mensagens de texto para que o cliente concorra a prêmios. “Como a antiga promoção de envio de cupons, mas não precisa mais enviar cartas pelo correio”, explica Pisani. “Serão feitos sorteios, enviado prêmios e promoções especiais”.

Seguindo a tendência, a Ponto Frio está usando o iPhone para liderar a guerra pelo varejo. Ele identifica via GPS a loja mais próxima do consumidor e oferece um desconto especial naquela unidade. Além disso, permite que o usuário faça compras pelo telefone.

Outra empresa que está investindo na novidade é a Nestlé, que lançou, em agosto de 2009, o aplicativo para iPhone Nestlé Receitas. O serviço possibilita busca e armazenamento de receitas, lista de compras e preparos de pratos indicados pelo celular. Durante a ação, teve mais de 30.000 downloads, ficou por 18 dias na lista Top 10 dos aplicativos “Top free apps” na iTunes Store brasileira, e impactou 55 países.

Fonte: JB OnLine